quarta-feira, 10 de março de 2010

ministério da tortura


Tinha olvido, confesso, que o gosto tauromáquico, pelo menos apregoado a bandeiras despregadas, já teria concluído o seu processo migratório desde o CDS até bandas do Ps. Nunca compreendi muito bem o porquê das assistências dessas matanças serem formadas, sobretudo, por monárquicos cantadores de fado e indivíduos de uma pureza ariana que só é possível atingir após a aplicação regular de coloração capilar adequada e exposição diária a solário (recomendações feitas pelo terceiro reich da cosmética contemporânea).

Era-me completamente alheio o actual ministrar de práticas miscelâneas de conspurcação e gratuitidade lasciva, pelo menos com o logro da se lhe chamar cultura; isto tudo com sérios perigos e implicações para a saúde pública.
Já não me recordava como certos políticos nos podem dar uma ideia de como é viver no século XVIII. Numa altura em que, por exemplo, a Catalunha está a pensar proibir de todo as touradas, cá no burgo tenta-se institui-las.

Para terminar, desconhecia de todo a devassa Gabriela Canavilhas, estranhava ministros da cultura aperaltados com folhos e lantejoulas mais castanholas em riste, suponha eu que esta forma de histerismo estaria em vias de extinção, pelos vistos não. Estão abertas as portas da imundice e que mais esperar deste camafeu? A julgar pela contaminação venérea a que sobre expõe a cultura, ainda lhe passará pela moleirinha propor as práticas de mutilação feminina ou autos-de-fé como actividades tradicionais de cultura.

Ao que parece equivoquei-me, ou melhor, esqueci-me da qualidade política dos ministros da cultura, por isso a minha admiração. O pior de tudo isto é somente que a cultura realmente perde, ou não teremos todos em mente medidas mais oportunas e importantes para a cultura do que estes carnavais de morte?

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